Rugby, isso ainda vai ser grande no Brasil!

Como alguns já sabem, desde janeiro de 2010 eu, Fátima Novais e a Gisele Silva, também psicóloga do esporte, estamos acompanhando a seleção brasileira de Rugby. Iniciamos com o XV e atualmente acompanhamos o Seven.

Acho interessante ir postando algo também sobre o desempenho dessas equipes, iniciando pelo Seven que acaba de fazer história no último Sul Americano, agora em fevereiro em Bento Gonçalves.

Segue texto da Confederação Brasileira de Rugby em 07/02/2011:

 

Após vaga, Brasil foca preparação do rugby para o Pan do México
CBRu pretende levar seleção masculina para jogar na Europa. Heptacampeãs sul-americanas também competirão em outros continentes

 Depois de brilhar no Campeonato Sul-Americano, realizado em Bento Gonçalves (RS), o rugby brasileiro começa a preparação para o principal objetivo da temporada, a disputa dos Jogos Pan-Americanos, em Guadalajara, no México, em outubro. A Confederação Brasileira de Rugby (CBRu) pretende marcar torneios em outros continentes, para as duas seleções.

A seleção masculina derrotou a Argentina pela primeira vez na história, terminou a disputa na inédita terceira posição e carimbou o passaporte para o Pan. A histórica vitória contra os "Pumas" - a primeira derrota argentina no continente desde 1936 -, deu ao Brasil a primeira colocação no Grupo A.

Na semifinal, os brasileiros fizeram um jogo equilibrado do início ao fim, mas o Uruguai venceu por 7 a 5. Em janeiro, o Brasil venceu os uruguaios na casa do adversário, no Sevens de Punta del Este. Na disputa de terceiro lugar, novamente com chances para os dois lados, o Brasil superou o Chile na prorrogação por 17 a 12 e garantiu o terceiro lugar pela primeira vez.

"Sabemos do nosso potencial e sempre entramos para ganhar, não importa qual seja o adversário. Nossa preparação foi muito boa, com jogos no Uruguai e Argentina. Em dois meses vencemos nossos rivais diretos da América do Sul. Isso mostra que o trabalho está no caminho certo", afirmou Maurício Coelho, treinador brasileiro.

Até outubro, data do Pan, a delegação realizará preparação com treinamentos, concentrações e viagens para torneios fora da América do Sul. "Quanto mais jogarmos contra seleções mais fortes, mais iremos evoluir", concluiu Maurício.

Seleção feminina também competirá fora - As mulheres mantiveram a invencibilidade e levantaram a sétima taça continental. Com um jogo de velocidade, as brasileiras deram show na competição e venceram todas as rivais.

"Conseguimos impor nosso ritmo de jogo, mas não foi fácil. Os rivais estão melhorando e precisamos seguir evoluindo", disse a capitã Júlia Sardá, presente em cinco das sete conquistas. Com o título, o Brasil assegurou presença na etapa de Las Vegas (EUA), do Circuito Mundial de 2012.

Em 2010, a seleção disputou um torneio em Dubai, contra equipes de vários continentes, além do Mundial Universitário, em Portugal. "Ainda iremos traçar o planejamento, mas a ideia é participar de campeonatos fora da América do Sul", contou o treinador João Nogueira.

"Nossas seleções jogaram incrivelmente nesses dois dias. Não é de hoje homens e mulheres estão atuando em alto nível. Mas especialmente aqui em Bento Gonçalves, mostraram todo o valor do rugby nacional. Estão todos de parabéns", comemorou Sami Arap, presidente da CBRu.

Mariana Ramalho é eleita melhor jogadora - A brasileira Mariana Ramalho foi eleita a melhor jogadora do Sul-Americano 2011. Mari foi fundamental na conquista, com seis tries e seis conversões e muita dedicação em campo. Ela ficou em segundo lugar das pontuadoras, com 40, atrás apenas de Paula Ishibashi, que anotou 42. No masculino, o chileno Ignacio Silva foi coroado.

Psicologia do Esporte: um diferencial.

O esporte é um grande fenômeno que vem se desenvolvendo cada vez mais. Todos os dias surgem novas técnicas, equipamentos modernos para treinamento e estudos de como melhorar a performance dos atletas. Já não basta um bom técnico, é preciso uma equipe multidisciplinar que inclua também um preparador físico, um fisioterapeuta, um médico, um nutricionista e, atualmente, um psicólogo do esporte. Isso porque vem aumentando a busca pelo preparo emocional e, neste contexto, a Psicologia do Esporte entra como um diferencial.

Não somente com atletas individuais, a Psicologia do Esporte atua também como diferencial nos esportes de equipe, trabalhando a autoestima, a motivação, a coesão grupal, o gerenciamento de estresse entre outros.

Os Psicólogos do Esporte são profissionais que possuem uma formação universitária em Psicologia e, possuem também experiências subseqüentes nas áreas de Esporte e Educação Física, seja ela adquirida inicialmente através da atuação direta na área ou por uma especialização em Psicologia do Esporte.

O trabalho é amplo e visa um melhor desenvolvimento da atuação humana em situações de esportes competitivos, esportes de lazer, esportes cooperativos, educacionais, reabilitação etc.

O profissional atua também com serviços de psicodiagnóstico esportivo, integração de equipe, em trabalhos sociais, acompanhando indivíduos e grupos que praticam esporte. Cada modalidade, assim como cada pessoa que a pratica, é única e isso requer o conhecimento do Psicólogo do Esporte direcionando àquele contexto e suas particularidades.

A Psicologia do Esporte não é recente, e vem sendo pesquisada e ganhando espaço no mundo e no Brasil aproximadamente desde a década de 50 como uma ciência que estuda o comportamento humano em uma atividade esportiva de alto rendimento ou de lazer. Analisa o antes, o durante e o depois de um comportamento, os fatores que influenciam e são influenciados pela participação e desempenho no esporte, exercício e atividade física.

Fonte: ABRAPESP - Associação Brasileira de Psicologia do Esporte